Quem crê em Cristo passa a ter um relacionamento com Deus. Torna-se filho de Deus por adoção. Ocorre uma transposição do domínio do pecado para um relacionamento espiritual exclusivo com Deus. Este relacionamento com Deus em amor chama-se santificação. Não é uma alienação da vida, mas é uma vida que se santifica na Palavra de Deus. É vida com Deus. A pessoa que crê em Jesus saiu das trevas e foi guindada para a maravilhosa luz do Senhor. Há um abandono das obras infrutíferas das trevas.
Fica entendido, que neste sistema mundano cujo o pecado domina fará pressão ao cristão para que se demova da posição de santificação e se contamine. Tal pressão nem sempre é explícita. Muitas vezes ela dá pequenos passos em direção a sua vontade que é nos afastar de Deus. Como diz o ditado de grão em grão a galinha enche o papo. Portanto, estejamos atentos a estratégia do inimigo que age sorrateiramente. Dito isto, afirmo que não devemos baixar a guarda e nem aceitar os sofismas deste mundo. Fiquemos com a Palavra da Verdade e a utilizemos em nossa fé para vencermos as sutilezas deste mundo.
A Palavra de Deus alerta que aqueles que querem viver piamente a vida com Deus passarão por perseguições. Portanto, a mensagem de Jesus a Igreja de Esmirna ecoa até os dias de hoje. A Igreja de Esmirna ouviu de Jesus: “Se fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida”. Policarpo foi um dos bispos de Esmirna, e foi queimado vivo. Ofereceram-lhe a escolha: Cristo ou César. Se ele amaldiçoasse a Cristo estaria livre, mas ele respondeu: “Oitenta e seis anos faz que sirvo a Cristo e Ele só me tem feito bem; como podia eu, agora amaldiçoá-lo, sendo Ele meu Senhor e Salvador”. Seremos fiéis seja qual for a pressão que recebermos. Até mesmo se nossa vida for ameaçada.
A fidelidade é uma característica do fruto do Espírito em nós. Ela é acompanhada da perseverança que se apega a Cristo e não o deixa por nada. Como os apóstolos responderam a pressão dos religiosos do seu tempo nós devemos também responder. A resposta deles foi: “não podemos deixar de falar o que temos visto e ouvido”. Não podemos abafar a chama do Espírito em nós calando-nos e nos omitindo. A omissão nesta situação é pecado porque aquele que sabe fazer o bem e não o faz comete pecado. Martim Luther King tem uma frase interessante: “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”. Abramos a boca, pois O Senhor a encherá.
O Espírito Santo também nos dá poder para sermos testemunhas eficientes do Senhor Jesus Cristo. Muitos se apegam as manifestações dos dons esquecendo que o objetivo precípuo do Espírito em nós é nos dar ousadia para testemunhar. O evangelho é o poder de Deus para salvação daquele que crê. Portanto, não temos que nos envergonhar e testemunhar com ousadia. A nossa fidelidade precisa se manifestar até mesmo nos períodos mais difíceis. Até quando parece que nossa vida escapou das mãos de Deus que nos acolheu e nos protege. O fato de não estarmos com o controle não significa que Deus não está. Ele é Soberano!
Lembremos sempre que o nosso Deus é maior do que qualquer perseguição e afronta que recebemos. A nossa fidelidade não está baseada em nós mesmos, mas em Deus, que nos salvou e nos santificou para nos relacionarmos com Ele. O nosso alicerce é Jesus Cristo e a Sua Palavra. As tempestades acontecem, mas não nos destruirão porque O Senhor é conosco. Não devemos nos isentar de nossa responsabilidade como servos do Senhor. Na verdade, aqueles que optam em ficar em cima do muro escolhem o lado do inimigo de nossas almas. Quem é de Jesus é de Jesus. Não existe meio-termo. Cristo ou não Cristo. Muitos religiosos no tempo de Jesus por amarem mais a Glória dos homens do que a de Deus não assumiram a fé em Jesus. Não cometeremos o mesmo erro. Mesmo vivendo no mundo onde o sistema dominante é contrário a Deus nós escolheremos seguir a Cristo com perseverança enfrentando a pressão que é contrária aos valores espirituais ensinados por Cristo. Maior é aquele que está em nós do que aquele que está no mundo.
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